Há quem diga que “Dia das Mães” é todo dia, e por isso não há necessidade de datas específicas para homenagear aquelas que, com amor, dedicaram tempo para a criação de seus filhos, sejam eles biológicos ou não.
Mas será que realmente as mães são lembradas, homenageadas ou presenteadas com frequência por seus filhos? Possivelmente não!
É certo que homenagens e presentes são muito subjetivos, porém há muito o comércio tem empreendido esforços, quase uma catequese para que sentimentos se expressem por meio de sucessivas e caras compras de presentes. Mas ainda existem maneiras singelas para demonstrar afeição, amor e gratidão. Gestos simples valem mais que um caro presente que é dado por mera obrigação. Uma palavra de gratidão, um abraço espontâneo, um beijo despretensioso nunca é demais e, dispensa datas pré-estabelecidas para acontecer.
I – A DIFÍCIL ARTE DO EQUILIBRIO
Inúmeros são os fatores que, isolados ou conjuntos, pode influenciar na decisão de uma mulher se tornar (ou não) mãe. Optando ou não por gerar filhos, a mulher contemporânea segue com o desafio de encontrar o equilíbrio entre a maternidade e a carreira; a culpa e a realização. Ela tenta incansavelmente se equilibrar entre o coração e a razão.
As contínuas e profundas mudanças no mundo resultaram em novas inclusões sociais e conquistas para a mulher, permitindo inúmeras alternativas e modos singulares de viver a maternidade. A ideia de que ser mãe é padecer no paraíso e com isso abandonar-se de vez em prol dos filhos ficou no passado. Hoje, as mulheres querem ser mãe e também desfrutar do paraíso sem padecimento.
O sonho da maternidade se soma a muitos outros projetos e realizações femininas. No entanto, para que as mulheres possam percorrer esses novos caminhos sem tantas culpas e desgastes é preciso que também os homens revejam seus conceitos e práticas quanto à paternidade, dividindo a responsabilidade na educação e cuidado com os filhos.
II - MÃE TAMBÉM É GENTE
Amor, cuidado, afeto, atenção, comprometimento e dedicação, são características que acompanham aquelas que, realmente, compreendem o valor e a importância do seu papel para o desenvolvimento saudável dos filhos, principalmente em seus anos iniciais de vida. É fato que nem sempre, a mulher conseguirá cumprir esse papel sem erros e tropeços.
Mas a verdade é que, raramente, o glamour que gira em torno da palavra mãe não é real para algumas mulheres. Muitas têm suportado situações dolorosas, com filhos que enveredam por caminhos difíceis, causando-lhes dor e sofrimento. Para essas, as lágrimas são companheiras constantes e, apesar de tudo, continuam dispensando ao filho apoio e atenção, ainda, que em determinadas circunstâncias, demandem amor combinado com firmeza e disciplina.
Há coisas que inexplicavelmente só mãe percebe ou prevê, mas isso não a isenta de enganos e erros. Antes de tudo, é preciso lembrar que mãe também é gente de carne e osso e não é um ser etéreo. É uma mulher com aspirações, desejos e sonhos, mas também com frustrações, angústias e decepções. Compreender isso pode ser o começo para a vivência de um papel menos idealizado, mais verdadeiro e humano.
Por último, para expressar carinho e afeto não é preciso esperar uma data convencional, com pequenos gestos você poderá tornar todos os dias especiais para sua mãe.